A nova Feira das Vaidades

                 

        Quando Thackerey abrilhantou o mundo com  A feira das Vaidades, ele talvez não soubesse a proporção que alcançariam suas palavras, bem como que as interpretações dadas à sua obra assim como a referência utilizada fossem ser são tão eficazes quando se compara com a realidade contemporânea.Em resumo, Thackerey expõe a verdade mesquinha, vil, mentirosa e enganadora de um mundo encantador de ostentação e luxo,presentes na realidade londrina do século XVIII. E enquanto traça personagens com características próprias,mostra os conflito pessoais existentes entre "uma mentira e outra" não podendo deixar de  notar o quão análogo se torna esse retrato "fictício" quando este vem relacionado à  imunda sociedade  atual. O cenário de hoje  não é muito diferente do apresentado e enquanto a história mostra lapsos comuns à nossa realidade, revela novos personagens e novas perspectivas de mentira que vão se reinventando e nos tirando a descrença de que tudo pode ficar pior. 


   É como uma máscara, ou pior, as vezes nem é, as pessoas insistem em criar história fabulosas, seja de como a vida é perfeita, ou de como podem ter tudo com facilidade, ostentam um falsa riqueza, alimentam sua vida perfeita com fantasias, o que é pior,achando que os outros engolem. A vida real é como um remédio intragável e o açúcar entra como esse doce sabor de mentira que faz a "verdade" descer goela abaixo. Intragável, mas digerível.

E o que falar daquelas histórias que faz a gente querer saber mais?Com aquele nossa parcela maquiavélica, que sabe a verdade completa, mas deixa o outro contando,contando,contando...Ainda usamos do cinismo e falamos "É mesmo?Não diga!".. Ai ai..

  

História certa, aquelas por cada um já conhecida, cada um tem um exemplo, seja da esposa "fiel", seja do "marido exemplar".Quem não conhece um "hétero" ( com aspas mesmo) que atire a primeira pedra, daqueles que transforma qualquer mulher em inferior, e animaliza todo gay , no bom popular "tudo viado".Olha que graça..Cadê aquele machismo todo quando tá pegando e abusando ein? E ainda acha que ninguém fica sabendo.Parece que o jogo virou não é mesmo?Ah!Tem aquela parcela, outra bem conhecida, com aquele "fanatismo religioso", aquela mesma que aponta na rua, que fala mal, que não vê moralidade nem decência no comportamento alheio, quem for atrás, descobre um comportamento particular que "até Deus duvida". Bom, uma confissão, uma missa, um vela resolve... Resolve pra quem? Grande teatro esse que todos fazem pra manter as aparências, uma linda história.. tragédia pessoal? A comédia é geral!

                              
       Mas uma coisa é certa, nessa realidade "tão criativa", só participa quem souber o compasso. Então o lance é "dançar conforme a música", nessa festa que parece ter como único tema o sempre usado mas nunca abusado, baile de máscaras. Coloque a sua, invente uma história. Entre na dança.

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