VOCÊ NÃO FAZ O MEU TIPO
Existe muito livro de autoajuda por ai, desses
muitos com o mesmo tema, de como conquistar seu amor, de como achar a alma
gêmea, de como manter um relacionamento disso e daquilo. É bem verdade que o
tema amor é atrativo, principalmente pra quem não sabe como lidar com ele. Não
é bem necessária esse tipo de “ajudinha”, mas é sempre bem vinda. Se bem que às
vezes o que realmente faz falta não é bem como começar, e sim como terminar coisa
que nem chegou a acontecer. Não existem livros pra ensinar o que vou chamar de “arte
do dispensa”, e nem vão funcionar, enquanto existir esse tipo de gente que não
se contenta com o já conhecido e sempre usual meio pelo qual você mostra o seu
desinteresse. “Querido(a) Você não faz o meu tipo”
Todo o papo parece caminhar para uma certeza
absoluta “poxa vida dessa vez vai dar certo”. A companhia é bacana, a conversa
é boa, uma risada aqui outra acolá, ok! Não são os únicos ingredientes pra
fazer um bom início de possível relacionamento, mas ainda sim são essenciais.
Todo mundo quer alguém que te faça sentir bem. As vezes é só tempo que clareia
mais a situação, somos nós que percebemos o que vamos querer, afinal de contas
ninguém pode decidir por você.
As nossas escolhas são por vezes difíceis, e a
permissividade pessoal nem sempre é suficiente. Nos deixamos levar pela
conversa, vemos os pontos positivos, sabemos das qualidades, mas... não faz seu tipo!
Resposta bem clichê. Não só essa, mas as mais diversas utilizadas, a nossa educação se molda a tipos já prontos de “
Não é você, sou eu”, “Não dá certo, tenho outras prioridades”... Quem acredita
nisso? A gente finge que acredita. As vezes é melhor essa auto enganação, nos
faz sentir menos pior depois que se leva um fora. A cabeça se enche de porquês,
a autoestima baixa, a gente não sabe por que não agradou, se pergunta o que
faltou, se diminui demais, duvida da nossa capacidade.. Não é um tempo bom pra
conversar. É um tempo de mágoa, que toda felicidade alheia nos incomoda, um
tempo de inverno que parece nunca mais ter fim, deixa nosso coração frio,
gelado...
Mas o bom tempo ensina tudo. E a gente aprende,
e como.. Quebrar a cara se torna opcional depois de um tempo, sofrer também aos
poucos é amenizado, a gente entende que ganhar é difícil, que dá trabalho, que
a conquista de nada adianta se o outro não tiver disposto. A tristeza da
derrota aos poucos se torna frustração, raiva... Ainda há motivo pra se
preocupar. O contrário de amor não é raiva, e sim indiferença, é não se
importar mais, não querer saber, não estar nem ai... Se não for nada disso, não
passou ainda, afinal de contas "Entre o bem o mal a linha é tênue, e entre o
amor e o ódio também."
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