Quebrando a cara!



Nada vende mais que o amor. Pode prestar atenção, não há tragédia ou leitura cômica, não há qualquer outra forma de entretenimento que tenha mais sucesso ( quando bem feito) do que uma romance bem bolado.E é bem verdade que toda essa fantasia se insere nas nossas vidas de uma forma bem natural, nesses milhares de best-sellers lançados a cada semana, com um casal de telenovela que nos deixamos apreciar a cada nova temporada,com um namoro bobo que começou por impulso,por uma perspectiva de que a "metade da laranja está próxima". É claro que no seu mais amplo sentido,o sentimento muito se confunde com sinônimos, seja paixão, o gostar,o simples querer, mas o que ninguém te conta, o que ninguém te mostra é a realidade por trás dessa surrealidade toda. Por trás de cada história que nós vemos, sempre nos é apresentado uma série de problemas, um empecilho que a relação de amor precisa enfrentar, é tanta discussão, tanto obstáculo, que faz com que a ficção se assemelhe realmente à realidade.Mas  a verdade é a seguinte, nem toda história de amor tem final feliz.

Já está mais que aceita a relatividade da questão do "ser feliz",e ainda sim há quem insista em dar fórmula mágica pra que isso aconteça, é 10 passos para aquilo, 20 receitas para conseguir isso,25 minutos para tal coisa... É tanto número que transforma toda ideia de solução em mais problemas, mais conflitos. Qual a necessidade mesmo de ser perfeito?Ninguém pode errar mais não?Na verdade não se resume em não poder errar, e sim de não aguentar mais errar.


Mas errar é bom também, fazer besteira, loucura..Com cúmplices então, melhor ainda. São esses os amores que a gente leva pra nossa vida toda. Cada amor é diferente um do outro, tem uns bons, uns ruins e tem uns essenciais. Quase sempre não percebemos, mas sentimos que estão sempre ali por nós, esses irmãos de outra mãe que nós chamamos de amigos.Afinal de contas, esse sentimento pode vir de muitas formas não é mesmo? Também se erra nesse tipo de escolha vez outra, mas é normal, nada de mais, a vida segue.. fazer tudo certo deixa a vida sem graça, então volta pro erro.


E não se erra só por fazer algo, as vezes deixar de fazer se torna ainda pior. Quem nunca se pegou resmungando "Eu devia ter feito isso..." não sabe o que é errar por dúvida, e por vezes nós deixamos de ganhar muita coisa por simples medo de arriscar. E como característica própria, o coração não tem anticorpo específico, ele não ataca o que uma vez já fez mal a ele, naquele entra e sai constante de átrios e ventrículos uma hora leva embora tudo que um dia fez mal. Pode parecer que não né? A dor de decepção por vezes é insuportável, nós juramos ódio na mesma intensidade que juramos amor eterno. Mas não faz mal, quer dizer, até faz, mas passa.. Na verdade talvez seja por isso que nos damos tão bem com nossa família, ou com nossos amigos que acabam sendo uma extensão dela, talvez seja por que não existe essa necessidade de jurar, não tem um pacto de amor pra ser seguido.. 


Talvez  por isso que acaba se tornando eterno esse compromisso, esse mesmo que não precisa de aliança, nem de festa pra ser celebrado, mas que de todo modo traduz a o tesouro mais primoroso que todos buscam e que só encontram quando entendem a veracidade da palavra amor. Quem te ama se casa contigo, e contigo sempre vai estar: "na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença.. até que a morte os separe"

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