A Síndrome do Falso Amor

                      


É bem verdade que as constantes pressões e questionamentos impostos por parte das pessoas que nos cercam influenciam de modo geral em nossas vidas, nós ouvimos aqui acolá, uma pergunta sobre nosso trabalho, planos, família, relacionamento. Parece que existe a necessidade de ser estar com alguém, como se o "ter" fosse um caractere de satisfação/agrado para quem pergunta. E nesse complexo que vai sendo criado acabamos por iniciar a busca pelo o par ideal, a pessoa perfeita.

        

         Entretanto, o gosto particular de cada um vai além do visual,e talvez esse seja apenas um complemento, enquanto na verdade a realidade se baseia nessa que será chamada de "Síndrome do falso amor". A começar pela facilidade do "se relacionar" , hoje em dia é tudo muito acessível, com aplicativos de mensagens instantâneas e uma evolução enorme dos meios interpessoais, as possibilidades de escolha são diversas, e muita vezes mais de uma se torna possível. Correção, viável. Os relacionamentos estão bem mais permissivos e a "onda" do poliamor ganha cada vez mais adeptos. Há quem associe o termo a " vagabundagem" , "safadeza", "absurdo", como também há quem não veja problema em manter um "relacionamento aberto". 

          É tipo comprar dois produtos e comparar, um pode complementar o outro, assim como em alguns quesitos um faz o que o outro não faz. O esquema do poliamor pode ser muito bacana pra quem propõe, ou as vezes nem propõe. Quantos casais"perfeitos" , não fazem a linha "boba" enquanto caçam uma ou outra "novidade". A diferença entre traição e poliamor é pautado em "consentimento", aceitação. Escolha, ou você aceita ou pula fora. Mas quantos casais já não vivem essa prática? Essa aceitação? Não são poucos. As vezes segurar um casamento ou uma relação se torna importante, a ponto de mesmo saber dessa prática por parte do outro, fazer aquela velha "vista grossa". Baseia-se também na disposição de cada um, Até que ponto vale?

"Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: faz-de-conta que não sofro." 
-Martha Medeiros-

       Dois pontos de vista: Quem vive, e quem vê. Bem diferentes. Muito fácil julgar, quando a vida não é a nossa, mas essa falsa sensação de amor logo passa, Trocar um por outro, viver com dois, com três.. Quem somos nós pra julgar? A felicidade pessoal de cada um é critério próprio.
Mas...
                                             
         No fim da noite, a falta mesmo é de um só. Não adianta negar, que mesmo a preferência não se exteriorize , existe o desejo, de estar ali, deitado, com aquele rosto olhando, dizendo "tá tudo bem, e se não tiver, vai ficar". Aquela pessoa única, que fique com a gente vele o nosso sono, passe a mão na nossa cabeça, cuide. Naquele momento que você não quer ser de ninguém mais...

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