Vamos parar de fazer Joguinho?



Não é tão incomum a gente cair na besteira da criação de expectativas. Posso começar com um longo texto sobre como as relações se moldam e mais blá blá blá, mas o foco aqui é outro, e vou ser bem direto que é pro veneno se destilar mais rápido: Quem já foi feito de trouxa levante a mão.

Muito bem, esse texto então é pra você!

A vida daqueles que esperam é um suplício de horas que nunca passam no relógio, esperar pelo telefonema da noite passada, ou uma mensagem em especial podem ser uma tortura para aqueles que tem vontade. É ruim ficar à mercê dos outros.

Pra essa gentinha sem preocupação é só mais uma brincadeira de interesse, a gente vê esse “pessoalzinho” que tem essa necessidade de pedestal, que precisa do controle, que precisa estar com o domínio da situação.

A falta de interesse é bem sutil quando nós nos damos conta dela, a princípio a gente pode até pensar que foi por acaso um plano não dar certo. Esse povo sempre arruma um imprevisto de ultima hora, uma mensagem que chegou depois da hora combinada, uma conversinha, um sinto muito... Uma desculpinha já pronta, um teatro bem ensaiado com as falas na ponta da língua. A promessa do “vamos marcar pra outro dia” já se traduz bem clara para o bom entendedor: “tá frescando” com minha cara.

É hora de pular fora, acorda!!

Ninguém tem por obrigação corresponder expectativa alheia, claro, já ouvi isso em algum lugar e considero uma verdade quase absoluta, mas também acredito no bom senso, na educação, na sensatez. Acredito que se não pode, avise. Se vai chegar tarde, telefone , Se não tem interesse, não alimente. Ninguém tem obrigação de corresponder expectativa alheia , mas tem por decência aprender a  dar uma satisfação. Integridade não é para todos, não é mesmo?


A ansiedade do “encontro em potencial” é inevitável para quem a vive, ou melhor, a expectativa de algo  “novo” sempre é motivo de ansiedade, seja da entrevista de emprego que “ficou de te ligar” ou do “esquema” da noite passada que surgiu com a mesma conversinha. Dentro da nossa vontade alucinada existe uma centelha especial de nome “esperança”, é uma metáfora bonitinha e meio infantil, mas é a forma simples de explicar o que acontece nesses casos, a esperança é como a faísca, ela precisa de algo pra queimar, pra manter, pra acender, pra continuar. Sem ela a expectativa virá só promessa, e promessa vira esquecimento. Esquecimento não mata, mas dói, esperança pouca também assim. Acredito muito nesses ditados-resposta, e me contento com eles por quê é só lançar um e dispensar o textão. E na prática, a verdade bate na porta e entra com tudo : Quem quer, arruma um jeito. Quem não quer arruma uma desculpa.

Comentários

  1. Isacc, quanta inspiração, heim?

    Acredito que ambos tenham compromisso nessa relação de expectativa x realidade. A nossa decepção está diretamente relacionada ao grau de expectativa que criamos em relação ao outro. Mas é importante conforme você citou no texto compreendermos o grau de nocividade que alguém causa ao outro quando brinca com os seus sentimentos para uma mera satisfação pessoal seja física ou emocional. E sinceridade e sensatez requer hombridade de assumir o que se deseja e tornar isso claro para a outra pessoa e você definiu muito bem: Quem quer arruma um jeito e quem não quer, desculpas.

    Valeu pelo texto.

    George Lima

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