Nos Bastidores do #instaboy



Há mais de 10 anos começava no folhetim das nove da rede globo um novela que iria se perpetuar por um bom tempo com a surra mais memorável à uma vilã. A trama de Gilberto Braga foi nomeada por Celebridade, que levava Malu Mader como a protagonista da história. Claudia Abreu representou uma vilã com sede de ganância, disposta a ter tudo que Maria Clara havia conquistado, seguindo essa linha de flashes e modelos fotográficos, a inveja e a falta de carisma não levaram Laura muito longe. Também vale lembrar Darlene, personagem da Deborah Secco, que também não poupava esforços para “aparecer”.

A ideia de se manter no topo é tentadora, principalmente quando a proposta de receber atenção  parece ser iminente,. Mas os nossos esforços pessoais são destinados à isso, não somente da busca pela atenção, mas de se tornar um ícone no que você faz, seja um talento que você possua ou uma ideia que pode mudar algo pra melhor. A ideologia  é a mesma:a de se tornar referência, o direcionamento pessoal é que muda.

De uns tempos pra cá a exposição deixou de se tornar arma para se tornar veículo de informação, é crescente o número de pessoas que buscam a rede social com o intuito de simplesmente se “mostrar”. É uma galera toda trabalhada na caras e bocas, com um desejo crescente de atenção, um perfeccionismo gritante em cada edição visual, um carisma bem ensaiado para conquistar os seguidores. A propaganda é a alma do negócio e nesse mundo de corpos cada vez menos reais, a superficialidade toma conta dessa geraçãozinha que fica nessa “corrida maluca” (entendedores entenderão) pelos tabloides. Essa é a realidade dos egos inflamados, que nas redes se autodenominam de todas as hashtags possíveis ou seja lá mais o quê . Estão sempre na procura do algo a mais, um espécie de diferencial , que os torne uma propaganda fácil para quem os aceitar. No fim são todos iguais.

São desses mesmos exemplos que  enchem a timeline de histórias com pouca ou nenhuma importância de crescimento, estão lá monitorando a melhor hora de postar, a hora em que mais pessoas vão ver, o momento que as curtidas vão bombar. É tudo bem real, pelo menos o que é falado aqui. Bom alguma coisa tinha que ser de verdade não é? Se tirarmos os efeitos, os retoques, a mágica da edição, o que sobra?

Ser aspirante a famoso de rede social é ter domínio de uma arte singular, precisa talento e técnica, precisa paciência para contar quantos seguidores foram perdidos, precisa de estratégia para manusear a próxima foto, precisa de educação para responder os “fãs”, precisa de atenção diária. Na boa... Precisa de algo pra fazer, precisa antes de tudo, autoestima. A falta dela é preenchida facilmente com o resultado de “tanto trabalho”. E é nessa onda que as “novas Lauras “vão na busca da celebridade forçada, é uma surra diária, que sempre traz uma nova Maria Clara Diniz, mais bonita, mais carismática, mais talentosa.. Aliás, bem mais bonita, bem mais carismática, e desculpa falar, realmente talentosa.


Aos aspirantes às capas de revista, um recado pra vocês: A minha curtida, vocês não tem.

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