Voltando à Antiga Forma
Voltar novamente pra academia sempre traz
aquele teor de expectativa ,uma nova chance pra melhorar. É claro que todo
incentivo é bem-vindo, as máquinas são como vitrines em exposição mostrando a
todos uma propaganda invejável de perspectiva futura. Quem não quer ficar bem
com o próprio corpo? Nossos sentidos vão sendo embalados pelo que consome a
nossa vista a todo momento, e mais ainda, atiça nossos instintos quando aquilo
já foi nosso. Aquele momento em que você se vê há algum tempo atrás, no
pedestal que hoje você venera. Começar dói, quem começou sabe, recomeçar
também. Toda mudança é dolorosa, dói no corpo, dói na consciência... Enfim, só um exemplo para ilustrar.
Passado é território em que não se pisa (isso
na maioria das vezes), adquirimos fantasmas que não perdem uma chance quando o
assunto é assombrar, e sufocamos momentos
merecidos de esquecimento... Nossas dores passadas retornam vez ou outra, das
formas mais distintas quanto existem possibilidades. É algo que requer
reaprendizado, que requer tempo, paciência... Pois o caminho é o mesmo, a gente
só esqueceu o trajeto.
Voltar à velha forma é mais que estética, é
mais um trabalho pessoal, um melhoramento social, queremos ser aquele bom e
velho aluno que só tirava notas boas, reaprendemos que os desvios no caminho
são muitos, reaprendendo: foco. Esquecemos um pouco da nossa autoestima com
término de relacionamento, queremos curtir um pouco nossa solidão, mas também
não queremos ficar fora do jogo. Tudo novo de novo, será que é tão diificl
lembrar? Flertou, olhou, paquerou. Será que ainda fazem isso? Será que o antigo
“eu” de cada um permitia esse tipo de comportamento, vamos olhar pro passado e
pensar, hora de refletir, voltar a velha forma é um exercício singular, ele
requer atenção, mas não pra trazer uma versão melhorada 2.0 , a verdadeira essência
de voltar a velha forma é: nos tornar melhor do que nós éramos antes.
É ai que nossas prioridades entram. Às vezes é
bom ficar com o corpo bacana, mas não vale a pena se matar só pra conseguir
um pouco de atenção. É bom comer, e isso
vai ser feito, com sensatez. E quem disse que a velha forma precisa ter um
número padrão? Chega de 38 nos quadris, e inúmeros zeros na conta bancária,
chega de faturas com cartão estourado que passam meses pra serem pagas. O
momento passou, o tempo agora é outro.
Com o tempo a gente aprende isso, o que antes
era rir e chorar, hoje faz parte das nossas lembranças, são elas que embalam
nossas conversas noite á dentro, que mudam nossos hábitos, que fazem a gente
soltar um daqueles “Ah... bons tempos”. Tempo bom é passado, e assim como os
ruins, eles vão reviver de vez em quando, eles vão vir, carregados de risos, de
lagrimas, de nostalgia, de arrependimento por isso ou aquilo. Mas uma coisa é
certa , assim como o bom vinho a “velha forma” parece nos descer melhor, e nos
embriaga com toda doçura que um dia foi vivida.
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